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[escepticos] RV: [clap-portugal.] [clap-pt] Repassando(1): Estudo científico.



A ver que les parece esto que me llego de otra lista:

De: Fernando Matos <fjpm en mail.telepac.pt>
Para: clap-portugal en virtualand.net <clap-portugal en virtualand.net>
Fecha: Viernes 14 de Agosto de 1998 18:50
Asunto: [clap-portugal.] [clap-pt] Repassando(1): Estudo científico.


Pela Dra. Maria Luisa Albuquerque

PARAPSICOLOGIA É CIÊNCIA?

OS FENÓMENOS PARAPSICOLÓGICOS PODEM SER OBJECTO DE ESTUDO CIENTÍFICO?


Realmente os fenómenos parapsicológicos são de difícil estudo, pois são
abundantemente falseados, de modo que não obtêm consenso universal. Talvez
por ainda não lhes conhecermos as causas reais, pois parecem não obedecer
às leis da causalidade, que são as leis da experiência: apresentai a causa
e verifica-se o efeito; fazei variar a causa e o efeito varia; suprimi a
causa e o efeito desaparece. Por este tipo de fenómenos não obedecerem a
estas leis, é natural que se pergunte se eles podem ser objectivos da
ciência.
Segundo a ideia mais geralmente admitida, ciência é um conjunto de
conhecimentos marcados todos eles pela característica da certeza e ligados
entre si de modo a fazerem um todo homogéneo. Assim é a Fisica, a Química,
a Biologia e sobretudo a Matemática. A ciência assim compreendida, opõe-se
à ignorância e à opinião mais ou menos provável da simples crença.
Tem a estabilidade e autoridade de um dogma e transmite-se pelo ensino.
Se só admitir-mos este tipo de definição para ciência, isto não se aplica
à Parapsicologia, pois seria em vão que se procuraria aqui um conjunto de
factos, onde nem um fosse duvidoso e constituísse um todo coerente,
susceptível de ser ensinado.
Mas será que esta definição, estará bem de acordo com a realidade, ou não
será mais que um ideal para o qual tendem todas as ciências?...
Quanto mais recente, mais complexa e mais difícil é uma ciência, mais a
parte das pesquisas leva de vencida a dos conhecimentos, e é esse
precisamente o caso do estudo dos fenómenos parapsicológicos, incipiente
ainda na sua organização e cheio de desconhecidos, mas rico de promessas e
de esperanças.
O problema que se nos põe, é precisamente saber se devemos conceder o
estatuto de ciência, só à ciência adquirida e integrada nos nossos manuais;
à ciência condensada, cristalizada, fossilizada e recusar esse título, à
ciência em via de gestação e de organização.
Claro que não!... Entendemos que se pode classificar de "científico",
todo o fenómeno cuja existência é indiscutível. Não é necessário mais, para
que entre nos nossos quadros habituais de pensamento, nas nossas
classificações, nos nossos sistemas explicativos. Não é indispensável, como
se diz muitas vezes, que se possa reproduzir à vontade ou ainda que seja
previsível. Há muitos factos naturais que não apresentam nenhuma destas
características, como por exemplo um grande númeno de fenómenos geológicos,
como as erupções vulcânicas e os tremores de terra. Há também certos
fenómenos celestes, que não se podem predizer nem reproduzir, como o
aparecimento duma nova estrela, ou a passagem dum cometa desconhecido. E
contudo, ninguém se atreve a afirmar, que estes factos não são científicos.
Portanto: o único critério que nos permite proclamar que um facto é
científico, é a sua autenticidade.

Para responder à pergunta, se os fenómenos parapsicológicos podem ser
objecto de estudo cientifico, basta mostrar simplesmente que esses
fenómenos existem, que pertencem ao mundo da realidade e não ao do sonho e
que, pretender submetê-los às normas habituais da investigação científica,
é correr atrás duma quimera.
Então temos que: os fenómenos parapsicológicos existem e podem ser
estudados científicamente, precisamente porque são factos.
A Parapsicologia, na sua caminhada científica, é ainda incomodada pela
fraude e pela propensão que certos estudiosos têm, para confundir com
demasiada facilidade, o falso com o verdadeiro. Claro que estes estudiosos,
são desprovidos de espírito crítico e ignoram os recursos do ilusionismo. E
é também desacreditada, sem razão aliás, por essa multidão de charlatães e
oportunistas (em grande número), que a exploram sob os mais variados
pretextos; por esses traficantes do maravilhoso e por esses aventureiros do
mistério, alguns dos quais afivelam a máscara do humanitarismo.
Mas a Parapsicologia, tem sobretudo de lutar, contra aqueles estudiosos
que não procuram a verdade, mas têm apenas o desejo de ter razão contra os
outros, o desejo de demonstrar que a verdade, é só aquilo em que eles
acreditam.
Ao dizer isto, estou a pensar nos pretensos racionalistas que, sem exame
prévio, negam os fenómenos parapsicológicos, só porque eles não se
enquadram nas suas ideias preconcebidas. Com outras ciências aconteceu o
mesmo: Gui Patin, decano da Faculdade de Medicina de Paris, qualificou a
circulação do sangue descoberta por Harvey como «paradoxal, inútil à
medicina, falsa, impossível, ininteligível, absurda e nociva à vida do
homem»; quando o fonógrafo de Edison foi apresentado por Du Moncel à
Academia de Ciências de Paris, Bouillaud, deitou-lhe as mãos à garganta e
gritou: «Miserável, nós não seremos enganados por um ventríloquo», etc.
etc.

Com efeito, muitas das fobias anti-Parapsicologia de estudiosos dos nossos
dias, parecem estar por vezes à beira da má-fé e a pender muitas vezes para
a psiquiatria. A regeição de todo o fenómeno parapsicológico e da sua
explicação racional, a recusa em aceitar toda a evidência experimental, é
muitas vezes reveladora dum complexo e duma censura inconsciente. A
regeição da evidência em certos estudiosos, por vezes distintos, tornou-se
uma obrigação e como diz Gabriel Marcel, «é um dogma de bem-pensantes
científicos». Esses "devotos" da ciência, como muitos crentes em geral, são
geralmente medrosos ou preguiçosos, que temem ver-se na penosa obrigação de
reconstruírem o seu edifício intelectual, que data já de tempos remotos.
Entendendo que são eles os donos da verdade absoluta e definitiva, fazem da
"sua" ciência, um novo ídolo, fecham-se nas suas certezas, com tudo o que
esta palavra tem de intolerância, de incompreensão, de sectarismo ou até de
fanatismo e evitam assim a confrontação normal e fecunda, com essa
realidade viva que são os fenómenos parapsicológicos.
Portanto, os parapsicólogos têm de lutar contra os charlatães e contra os
"racionalistas", que na verdade não são mais que pseudo-racionalistas.
Entretanto, é importante que se diga que, em todos os países, um escol
intelectual cada vez mais importante, no qual se encontram matemáticos,
físicos, biólogos, médicos, psicólogos e filósofos, se interessam vivamente
pela Parapsicologia.
Os fenómenos parapsicológicos mostram-nos, como dizia Osty, que «vivemos
à superfície de uma inteligência imensa», o que significa que a nossa
consciência não é mais do que um fracção ínfima do nosso ser psíquico
total, que se ri do tempo e do espaço. Os fenómenos da Parapsicologia,
objectiva ou física, com levitações, telecinesias e ectoplasmias,
mostram-nos o que sabemos agora pelo estudo da eletrónica:
1 -  Que o mundo visível e tangível, a que tanto valor atribuímos, não é
mais do que o reflexo, e o reflexo enfraquecido, do verdadeiro mundo vivo.
2 -  A energia todo-poderosa, a vida real, e nós acrescentaremos de bom
grado, a inteligência profunda dos seres, estão no invisível.
3 -  É aí que pulsam os ritmos, que dão à matéria os seus diversos
apectos e que lhe diferenciam as produções. É no invisível, que actuam as
forças que sustentam esses ritmos.
4 -  Conhecer esses ritmos, chegar até essas forças, captá-las,
dirigi-las, transformá-las, atingir assim se possível, as fontes
primordiais da vida e do pensamento. Eis, os fins últimos da
Parapsicologia, ciência nova, ou antes, ramo novo dos conhecimentos
humanos, cujos primeiros resultados, que não apresentam por agora, mais do
que o seu primeiro balbuciar, têm no entanto tal importância que ninguém
pode prever qual será o seu espantoso destino.

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             Fernando Matos:  fjpm en mail.telepac.pt
                            «CLAP-Portugal»
(Centro Latino-Americano de Parapsicologia de Portugal)
            http://www.terravista.pt/Mussulo/1287/
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